quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ENTRE A LOUCA E A NORMAL

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ENTRE A LOUCA E A NORMAL

Existem momentos na vida de uma mulher em que ela precisa tomar uma única decisão: ser louca ou ser normal.
Quer ver um exemplo? A mulher não agüenta mais aquele casamento entediante, e quer se separar. Se ouvir a sua voz interna louca, ela dirá: Garota vá em frente, você merece ser feliz!
Agora se ouvir a normal ou politicamente correta, ouvirá coisas do tipo: Imagine, ele é um homem tão bom; ou ele dá tudo que você quer; se tomar esta decisão irá comer o pão que o diabo amassou...
E um monte de mensagens bruxas, aquelas que colocam uma mulher lá pra baixo, justamente no momento no qual o que ela precisa mesmo é de um sacolejo ou de um incentivo para seguir em frente.
A voz louca, nem sempre é interna, às vezes vem de uma boa amiga e mãe bem resolvidas. E claro, que a voz “normal”, aquela que preza os costumes triviais em troca da infelicidade, poderá vir de pseudo amigas e mães que não tiveram coragem de dar na vida os mesmos passos libertadores.
Ouvir o que a louca – que é a parte criativa da personalidade – tem a dizer sempre é benéfico. É ela que nos incentiva a seguir em frente, a sair da mesmice, a embarcar num novo projeto aparentemente louco, a mudar daquele emprego que não agüentamos mais, a fazer uma viagem a um lugar desconhecido, a conhecer gente nova e até novos amores. É ela que dá aquele empurrão, na hora em que é preciso dar uma guinada na própria vida, e seguir um novo rumo, um rumo diferente: adotar um filho; engravidar de mais um ou resolver não ter filhos.
Diria, como psicóloga, que a louca é a parte saudável de nossa personalidade. Aquela que nos faz ousar, usando uma cor que jamais imaginaríamos usar, por exemplo.
No livro “E a louca tinha razão” de Linda Schierse Leonard, no qual me inspiro para escrever este texto, há vários exemplos no cinema, nas artes e na vida real, de mulheres que se deixaram encantar com o seu lado louco, e foram almoçar com a louca vez por outra. Há também outro lado, que é muito triste, o das mulheres que tentaram controlar este lado e um dia viram a fúria da louca as assombrar, através da infelicidade, da depressão e da irritabilidade.   
As mulheres de hoje precisam, e isto é urgente, entrar em contanto com este lado louco, é este lado, e não o apenas racional que garantirá o seu diferencial neste mundo, que por sinal carece de uma enorme dose de ousadia e espontaneidade. Sim, a louca sempre tem razão!




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