segunda-feira, 9 de maio de 2016

CONFUSÃO

CONFUSÃO


Por Suely Pavan Zanella

Confusão é uma espécie de novelo de lã que fica todo misturado e difícil de desenrolar. E não é à toa que a palavra em si signifique: Com fusão, ou seja, é quando tudo fica junto e misturado. É um verdadeiro caos!
Como desconfundir?
O melhor é ir por partes, tal como fazemos ao buscar desenrolar um novelo de lã embaraçado ou um cabelo do mesmo jeito.
Para desconfundir é preciso paciência, calma, e claro, vontade de sair da confusão.
Mas, quantas vezes na vida nos deparamos com pessoas e/ou situações que buscam complicar ao invés de desenrolar?
Os processos burocráticos das empresas estão aí para provar exatamente isso. A burocracia foi um processo criado para facilitar, mas hoje não só em repartições públicas como também nas privadas vemos processos e processos que poderiam ser enxutos virando novelos de lã de diferentes cores se misturando ad eternum. Uma verdadeira burrocracia que não serve para nada, só cansa e confunde seus usuários que na maioria dos casos já está em situação crítica!    
O mesmo acontece com pessoas que ao invés de buscar soluções só enxergam problemas.
Particularmente sou uma pessoa de resolver problemas. Ao vê-los na minha frente meu primeiro ímpeto é: Como posso resolver isso?
Isso funciona tão forte em mim que tive um chefe que dizia que eu deveria usar uma camiseta escrito: Adoro problemas!
Não pelo sentido de permanecer nos problemas através de reclamações, mas sim porque eu sempre pensei em formas de resolvê-los. E toda a vez que ele tinha um problema para resolver na empresa, ele me mandava ir no lugar dele . E claro, eu resolvia!
Sou assim! Mas, entendo que há pessoas diferentes de mim. Há os complicadores, aqueles que buscam soluções perfeitas e normalmente inatingíveis para resolver qualquer coisa. Há os orgulhosos, aqueles que nunca se contentam com nada. São ingratos e sempre acham pouco o que os outros lhes propõem, ou ainda, têm uma dificuldade enorme de aceitar ajuda alheia.
Como tudo na vida tem uma solução, salvo a morte, eu prefiro ir aos poucos, mas sem deixar de ir. E acreditar naquilo que minha avó dizia: O que não tem solução, solucionado está.
Às vezes as soluções e até a justiça aparecem só com o tempo.
A chave para sair dos nós da vida e seus diferentes embaraços é buscar um fator fundante, ou seja, o começo da história. Ao achar é também preciso encarar os fatos, mesmo que sejam doloridos. Só assim é possível se identificar e buscar soluções, antes disso é pura perda de tempo, e fica-se tal qual cachorro a correr atrás do próprio rabo.
Agora, quanto às burrocracias, podem me chamar, eu sou meio engenheira de processos, e adoro ver onde estão os gargalos, retrabalhos e claro, formas de solucioná-los. Não é à toa também que eu escolhi a profissão de psicóloga. Nós fazemos isso, somos especialistas em desnudar nós e embaraços, mesmo que seja difícil.