segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DESEMBOLANDO O MEIO DE CAMPO

DESEMBOLANDO O MEIO DE CAMPO
"Encontre um lugar no seu interior onde há alegria, e a alegria apagará a dor." Joseph Campbell


Suely Pavan Zanella(*)
Existem épocas de nossas vidas em que tudo parece dar errado. Todos já passaram por isto, mas é preciso não embolar o meio de campo.
Problemas no trabalho, problemas com o marido ou esposa, problemas com os filhos, problemas... Ufa! Quantos problemas!
Será que tudo está tão ruim assim?
Pois é, este é o primeiro passo que você deve dar, ou seja, olhar com clareza (com luz) todos os papéis que você vive em sua vida afim de verificar o que está ruim de fato. Por exemplo, imaginemos que você esteja apaixonada por um rapaz que não te dá a menor bola, que tenha um emprego incrível e seja valorizada, mas que sua vida financeira não esteja lá estas coisas, e que seus pais vivam implicando com suas roupas. Está tudo estragado?
Não, se você fizer esta análise baseada na luz. No exemplo citado o trabalho está a mil maravilhas. Portanto, se agarre a ele como um naufrago à beira da morte. 
Em momentos de crise é fundamental nos agarrarmos àquilo ou àquelas pessoas que nos fazem bem. Se assim não agirmos corremos o risco de estragar tudo, e aí sim, embolar de vez o meio de campo. É o caso, por exemplo, do marido que ao sair de casa, tem uma terrível briga com a esposa. De tanta raiva chuta o cachorro, e depois como um louco pega o carro na garagem e sai dirigindo desvairadamente. Acaba por bater no carro da frente, em pleno congestionamento, e ainda culpa o motorista pela sua incompetência ao dirigir. Chega atrasado ao trabalho, leva uma bronca do chefe, engole um sapo imenso para não perder o emprego. Tem uma crise de gastrite e vai parar no ambulatório da empresa. Não conversa com ninguém no escritório e faz os colegas sentirem-se impotentes, já que não sabem se o problema é com eles ou com o trabalho. Volta para a casa triste e encontra a mulher chateada.
O caso citado é típico daqueles que não enxergam, ou melhor, não iluminam os seus papéis e buscam ver onde de fato está o problema central. E o pior acabam o dia sozinhos sem ninguém para conversar e passam a viver com frequencia os chamados e cada dia mais constantes “Dias de Fúria”.
No exemplo citado o problema começou com a discussão pela manhã com a esposa, mas como não foi focado (iluminado) acabou por contaminar os demais papéis vividos por este homem. O único lugar possível de resolver este problema seria, portanto, junto à esposa e não no trabalho ou no trânsito.
Sei que muita gente  mais do que imaginamos) têm uma dificuldade notória em pontuar onde começam os problemas, e espalham a problemática para outros papéis. O negócio é respirar fundo, após uma discussão, e lembrar que o trânsito, ou o trabalho, ou a família nada tem a ver com isto. Não desconte nos outros, ou seja, agressivo com quem não merece!
Resolva os problemas na sua origem, e busque se controlar para não estragar tudo, e aí embolar de vez o meio de campo.
Lembre-se que há problemas na vida difíceis de resolver num determinado momento. Neste caso siga o sábio conselho das avós: O que não tem remédio, remediado está!
Nem todos os problemas de nossa vida conseguem ser resolvidos imediatamente no momento em que surgem.
E aí mais uma vez é preciso se concentrar naquilo que está bom em nossas vidas. Salvo em casos gravíssimos como a morte e problemas de saúde, os demais problemas são contornáveis e podem ficar em  “stand by” por algum tempo, sem contaminar os demais papéis.
Por esta razão agarre-se com unhas e dentes aquilo que está bom em sua vida, será exatamente isto que lhe dará forças e o campo relaxado necessário para atravessar os maus bocados. E maus bocados todos têm. Lembre-se disto! 
(*) Este texto poderá ser utilizado em outros veículos desde que se mantenha a autoria e a forma de contato suely@pavandesenvolvimento.com.br