segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A LEI QUE NÃO NOS PROTEGE



 A LEI QUE NÃO NOS PROTEGE



O coro dos cidadãos brasileiros pede apenas uma coisa: Leis mais rígidas.
Se pedem leis mais rígidas é porque sentem-se desprotegidos. E repetem com mais ardor: Crimes são cometidos, pois há a certeza da impunidade.
Punir um crime ou fazer valer apenas a lei existente já seria um bom começo.
E esta punição deve valer para todos.
Cadeias devem servir como medidas educacionais efetivas sejam para menores como para os maiores de idade.
Todos sabemos que nas cadeias há pessoas que já cumpriram suas penas e devido a morosidade da nossa justiça continuam presas ocupando o lugar daqueles que poderiam lá ficar. Nem todos têm advogados caros para tira-los da prisão.
Outros, ao contrário, contam com a ajuda de todas as brechas absurdas da lei. Além de uma série de benefícios não merecidos como: indultos, visitas íntimas, e auxilio salário.
A ordem dos valores humanos está invertida: Dá-se mais valor a criminosos do que a pessoas de bem.
E é exatamente esta inversão que nos faz sentir desprotegidos, ou à mercê da pena de Talião: olho por olho e dente por dente.
Vivemos em São Paulo o exemplo claro da pena de Talião. Policiais são mortos, inocentes são mortos quando confundidos com bandidos, e os últimos ao invés de serem presos, já que no Brasil não há pena de morte, também são assassinados.
E a minha cidade virou um far West, com muita gente tentando fazer justiça com as próprias mãos. E neste quesito todos que são justiceiros ou pensam ser tornam-se exatamente a mesma coisa: Apenas bandidos!
Bandidos que não cumprem as leis frouxas e por assim agirem tornam a vida dos outros um verdadeiro inferno.
Ninguém sabe quem comete estes crimes bárbaros, as investigações são morosas e ineficazes e a justiça mais uma vez não se faz.
A justiça, aliás, começa com investigações bem feitas, são elas que reúnem provas irrefutáveis para incriminar um réu.
Outro dia na TV fiquei chocada ao ver gente inocente que ficou presa por anos, por crimes que não cometeu. Apenas vendo a reportagem percebi que uma investigação eficaz teria resolvido o problema.  Alguns são presos sem razão, enquanto outros permanecem soltos e prejudicando uma série de pessoas. Que justiça é esta?
Ela é injusta, e aqui não estou dizendo apenas dos privilégios dos ricos, há pobres cometendo crimes também e totalmente impunes.
Que pactos nossos governantes fizeram que os tornam  impedidos de investigar corretamente e punir criminosos?
Por qual razão leis mais rígidas não são votadas imediatamente no nosso Congresso?
Rabos presos deixam a população sedenta por justiça que funcione extremamente vulnerável.
Deveríamos anotar a prisão perpétua para homicídios, tal como ocorre em outros países.
Hoje o Brasil tem empregos, e a injustiça social não é desculpa para a criminalidade. Aliás, há amplos estudos à respeito disto que deveriam ser lidos por nossos juristas que agora discutem o novo código penal.
O que se sabe de efetivo é que pessoas que convivem diariamente com cenas de brutalidade e mortos em seu caminho tendem a banalizar a vida. Nestes casos além de policiamento se faz necessária educação. É preciso mostrar para crianças e jovens que há outros caminhos, e fazer com que saiam de seus “mundinhos” violentos.
Obviamente que há jeito, porém falta vontade em reverter esta situação.
Como cidadã brasileira quero leis mais rígidas. Quero também o cumprimento das leis existentes. E sei que este desejo não é só meu, mas sim da maioria daqueles que querem viver em paz e não acreditam que justiça é feita com as próprias mãos.