segunda-feira, 30 de março de 2015

Mulheres “Boazinhas”



Mulheres “Boazinhas”
Suely Pavan Zanella

Os tempos mudaram, mas algumas respostas das mulheres dadas aos homens inconvenientes continuam as mesmas. Elas se alongam, dão explicações desnecessárias, e parecem nunca querer ser grosseiras ou inconvenientes. Elas lembram meninas comportadas e muito submissas.
Na semana passada li um post no Facebook que me deixou muito preocupada. Eram duas mensagens enviadas por homens desconhecidos à mulheres via WhatsApp. Num deles um homem queria porque queria um encontro com uma moça, ela não o conhecia. Ela dizia não, e ele, como todo agressor, insistia e desqualificava os motivos delas. Quanto mais ela se explicava, mais ele forçava a barra. No segundo o homem queria também um encontro, mas deixou claro que queria mais. A moça reagia da mesma forma, se explicava, e alongava a conversa e ainda avisou: Vou te bloquear!
Fiquei me perguntando qual é o problema que as mulheres têm em logo de cara, tanto pessoalmente quanto por outros meios, dar uma cortada definitiva num homem que ela não conhece ou não quer?
Pra quê tantas explicações? Não querem magoar um invasor? Que coisa mais louca é essa?
Já está mais do que na hora das mulheres pararem de ameaçar e começarem a agir, virando as costas, bloqueando sem avisar, chamando a polícia sem aviso prévio, e dizendo um sonoro “Não”!
De onde vem esta educação tão retrógrada que ensina meninas a serem boazinhas em excesso?
Qual a dificuldade que elas têm em simplesmente dar um block, sem aviso prévio, em homens inconvenientes na Internet, ou de chamar o segurança em uma balada, ou fazer um escândalo quando são encoxadas no ônibus ou no metrô?  
Às vezes eu acho que falta sentido de autopreservação em algumas mulheres. Será que elas acreditam que têm que aceitar tudo de um homem?
Não há razão alguma para ter zelo ou bons modos com um evidente perseguidor ou agressor.
Duvido que se a situação ocorresse com um homem ele não teria problemas em cortar a situação com um único movimento e logo de cara.
Certa vez um professor de karatê me disse que meninas deveriam fazer menos balé, e mais lutas marciais para aprenderem a se defender e sentir-se mais seguras também.  
É preciso ter muito tempo a perder para gastar dando explicações a um homem inconveniente.
E se além de tudo a mulher marcar um encontro com um cara assim o resultado será aviltante.
 É preciso aprender a afastar-se de homens agressores verbais e psicológicos, e chamar a polícia (também sem aviso prévio) no caso dos físicos. Esta é a única forma de não complementar este tipo nocivo de homem. Se todas as mulheres agirem assim tenho certeza de que eles terão que gastar o dobro ou o triplo de seu tempo caçando mulheres disponíveis ou carentes e que aceitem este tipo de invasão.
E lembre-se: Nem toda a fera quer se transformar em um príncipe gentil e educado. Não se iluda!