DROGAS:
SE OS FILHOS SOUBESSEM!
“...Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém...”
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém...”
(Paixão – Kledir Ramil)
Foi
numa festa de aniversário de um amigo da escola regada a muita bebida que M. com
14 anos começou a beber. Depois disto ele nunca mais parou, apesar dos
conselhos e insistentes diálogos dos pais. Com 16 em outra festa, experimentou
maconha, e a partir daí começou a ir mal na escola. Os professores disseram aos
pais de M. que ele estava muito distraído e suas notas despencaram.
Os
pais preocupados mandaram M. para a psicoterapia. E não notaram nenhuma melhora
no rapaz. O psicoterapeuta dizia que “a adolescência é uma fase de
experimentação”. Hoje M. tem 18 anos e seus finais de semana se resumem a
curtir “esquentas” e baladas.
Cada
vez que ele sai de casa os pais não dormem. Sabem que apesar de não ter carro,
sai com amigos que bebem e usam drogas.
Há
duas semanas os pais de M. receberam um telefonema durante a madrugada
comunicando que ele havia sofrido uma overdose de cocaína. Chegando ao hospital
o médico disse que M. havia bebido muito e usado cocaína para poder beber ainda
mais.
M.
passa bem, e disse que nunca mais irá usar drogas e nem bebida. Os pais não
acreditaram e agora ele está internado numa clínica particular de reabilitação.
Felipe(foto) de
15 anos foi a escola e desapareceu. Estuda em um colégio público, e só após o
seu sumiço o pai descobriu que no primeiro semestre ele havia faltado mais de
70 vezes à escola. O pai de Felipe(foto) sempre deixou claro para o rapaz que não
permitiria o uso de drogas. Ele trabalhava junto com o pai. Está sumido há duas
semanas. Quando o pai recebe uma pista do paradeiro do filho vai atrás. A
última dizia que ele foi visto numa região frequentada por usuários de crack. Seu
pai adentrou este local e lá viu a total degradação humana. Usuários sujos
fumando crack ao lado do lixo e cachorros mortos. O pai de Felipe ( foto) está desesperado
com o desaparecimento do filho.
K.
tem 16 anos e está grávida. Ela não sabe quem é o pai de seu bebê. Os pais de
K. sempre confiaram na menina e jamais acreditaram quando L. lhes contou que
viu K. com o uniforme da escola dentro de um banheiro de um bar, levantar a
sainha do uniforme e transar com diferentes meninos durante uma comemoração. L.
disse que K. aparentava estar drogada.
Os
pais de K. acreditavam piamente no diálogo e na confiança para educar a filha.
Achavam, por exemplo, que monitorar redes sociais era invasão de privacidade. E
só tardiamente perceberam que a menina obtinha drogas pela internet e aceitava
transar com qualquer um em troca da droga. Ela é uma excelente aluna e boa
filha, segundo seus pais.
Se os
filhos soubessem o dissabor que causam aos pais ao usarem drogas e bebidas alcoólicas
na adolescência jamais fariam uso delas. Este é o pensamento de muito jovens
que não se permitiram este tipo de experimento. Antes de pensar neles mesmos,
eles pensaram nos seus pais. Pois sabem que o comportamento deles afeta sim o
de seus pais. E é uma ignorância sem tamanho acreditar que na adolescência as
experimentações são inócuas e sem consequências.
Pensar
assim é não atualizar a cena, e imaginar que hoje o jovem sofre somente a
influência de seus pais, como era no passado. Muitas experimentações (bebidas e
drogas) na adolescência levam à morte, à cadeia e à perda da própria
adolescência.
Está
na hora de ao invés de culparam tanto os pais por tudo, começarem a responsabilizar
o adolescente por suas atitudes. E quando escrevo isto estou indo fundo: É uma
responsabilidade de todos nós, ela tem caráter social. Há muito adultos que
banalizam este período de vida e dizem: Depois passa, ele ou ela é só um
adolescente!
Frases
assim expressam um total desconhecimento sobre o que é e como funciona a
adolescência e a buscam transformar este período num fenômeno existente apenas
nesta geração.
Mentira!
Todos nós fomos adolescentes, e nem por isto abusamos e tornamos a vida de
nossos pais um inferno.
Confiar
excessivamente no jovem e esquecer-se que adictos
(usuários
de drogas) têm como característica marcante a mentira compulsiva e a sedução é
ser ingênuo nestes novos tempos.
Vigiar,
acompanhar, monitorar nestes casos não é punir, é prevenir. É evitar dissabores
e surpresas futuras. E lembrar-se que hoje o jovem sofre diferentes tipos de
influência e que a educação dada em casa é apenas uma das variáveis. E,
infelizmente, nem a mais importante.
Culpar
os pais por tudo, como vejo sempre acontecer na mídia, não resolve o problema
também, é preciso responsabilizar o adolescente por seus atos.
Pais
e escola devem ser parceiros nesta difícil empreitada. A escola tem por obrigação
comunicar imediatamente faltas de alunos menores de idade, e os pais devem tomar
providências imediatas quanto a estas mentiras. Não é hora de passar a mão na
cabeça. Se não sabe como agir quando seu filho ou filha passa a ser um usuário
de drogas frequente grupos como o NARANON e o AMOR EXIGENTE, e verá que
atitudes assertivas e talvez bem mais duras possa ajudar a prevenir o problema
em sua casa.
Busque
ajuda psicoterápica para o seu filho e para você. Tome cuidado apenas com
psicoterapeutas sedutores que fazem pactos (são amiguinhos) de seu filho (a),
ao invés de ir à causa do problema e fazê-los assumir as consequências de seus
atos inconsequentes.
E
também não deixe de denunciar festas de parentes ou amigos regadas a bebidas,
lembre-se que é proibido por lei vender ou oferecer bebidas a menores de idade.
E hoje se sabe que é a bebida a porta de entrada para outras drogas.
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