sexta-feira, 7 de maio de 2010

A MINHA, A TUA, A NOSSA HISTÓRIA



Suely Pavan
Não importa quem é você, mas se está lendo este texto temos algo em comum: Nascemos de uma mulher, nossa mãe. E foi assim que a minha, a tua, a nossa história começou. Esta mulher nos carregou por nove meses, e optou – consciente ou inconscientemente – pelo nosso nascimento. Se você for adepto somente da biologia, poderá dizer: Mas o pai participou deste processo!

Óbvio que ele participou, mas foi ela que além de nos carregar em seu útero, nos fez nascer.

Foi ela quem resolveu nos dar a vida, e por este motivo é que ela é o símbolo maior da vida. Talvez você nunca tenha pensando nisto: Você só está aqui graças a ela.

Mas quem será que é esta mulher?

A maioria de nós conhece muito pouco da história da nossa mãe. Nos esquecemos, por exemplo, que antes de ser a nossa mãe ela é uma mulher. E isto nos faz pensar: Como ela era quando resolveu nos ter? Era jovem, era mais velha? Será que era casada? Como foi a sua gravidez? O que ela fazia enquanto nos embalava de lá para cá por nove meses? Como foi o seu parto? Será que foi amada ou era só?

Mesmo que a nossa mãe seja viva, pouco conhecemos deste momento que foi só dela.

Você pode até ter um monte de reclamações sobre a sua mãe. Há até uma comunidade no Orkut chamada “Odeio minha mãe”. Mesmo que a sua mãe seja péssima, ou tenha sido o principal assunto em sua psicoterapia, lembre-se sempre que foi ela que te deu a vida. De algum jeito ela apostou na vida, e teve esperança no mundo. Pode até ser que tenha te abandonado logo ao nascer, ela deve ter tido os motivos dela. Muitos filhos julgam demais suas mães, no fundo acreditam que elas deveriam ser seres perfeitos. Mas, quando a gente cresce e vira adulto, começa a ter uma grande decepção: Mães não são perfeitas!

A maioria até não tem grande imperfeições, elas são apenas humanas. Erram, porque tentam fazer o melhor. Ninguém recebe na maternidade um manual de instruções sobre o funcionamento de um bebê!

Mãe se aprende a ser na raça!

E haja raça para ser mãe nos tempos atuais. Há tantos filhos que se esqueceram do valor e da importância de suas mães em suas vidas, sendo o principal deles a própria vida. Claro que aqui não tratarei de casos extremos das mães más, perversas. Falarei na maioria das mães do mundo. Aquelas que lutaram e lutam por um mundo melhor para todos nós: as mães de maio, lá da Argentina; as mães que exigem os seus direitos lá do Morro do Bumba; as mães que trabalham muito para dar uma vida boa e digna aos seus filhos; aquelas que enfrentam trânsito, ônibus lotado, machismo, supermercado e uma exigência absurda para serem perfeitas em todos os papéis que vivem; as mães que nos apóiam nos momentos difíceis da vida e aquelas cujos filhos apesar das péssimas escolhas continuam a amá-los incondicionalmente. Só as mães são capazes de dar amor sem condições. Mães simplesmente amam seus filhos e às vezes são chatas: Vá escovar os dentes, menino; Vá com Deus (quando ele sai para a balada); Seja feliz (quando a filha se casa)...

Mães, que bom que vocês existem!

Acho até que sem elas o mundo acabaria num estalo. Acabaria o amor, acabaria a esperança. São elas que plantam juntas um mundo melhor. Elas no fundo só querem isto: O nosso melhor!

Bravas, calmas, colocando limites e nos acarinhando, elas são nossas mães, e só por isto merecem todo o nosso respeito e admiração. Escreva algo para ela no dia dela, dê-lhe um abraço apertado. A frase que diz “Mãe só tem uma!” esconde uma sábia verdade. Dizem que a vida é um presente, mas este presente só se tornou possível graças a ela. Agradeça a ela por ter te permitido viver. Mesmo que ela não esteja mais presente ao seu lado, tenho certeza de que irá escutar este teu agradecimento. Mães estão de algum jeito sempre e para sempre em sintonia com os seus filhos.