O PODER ENGORDATIVO DA TRANQUILIDADE
“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia...”
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia...”
Todo amor que houver nessa vida – Cazuza
“Vida próspera engorda”, disse-me uma vez uma médica endocrinologista. A razão é a tranqüilidade, não há nada mais emagrecedor do que ter que ir à caça, e correr de um lado para o outro em busca de alguma coisa. Normalmente amores tranqüilos são engordativos, aliás, nada mais aconchegante do que um ombrinho fofinho para se encostar. A paixão por outro lado é emagrecedora. Há de ver muita energia para lidar com ela: Será que ele (a) vai ligar? Será que ele (a) gosta de mim?...Representa também noites mal dormidas, muita preocupação estética, e uma tentativa (sempre ineficaz) de agradar o outro enquadrando-se aos seus padrões.
A conquista, ou o ato de buscar conquistar algo é também emagrecedor. Encontrar um amor, um bom trabalho ou carreira requer movimento. Baladas, esforço considerável “mostrando serviço”, estudos, etc. e tal. Ufa! Haja energia para lidar com tanta coisa. Normalmente pessoas neste ritmo frenético de conquistas são magras, salvo aquelas que se entregam às bebedeiras. Bebidas, como se sabe, são engordaditavas.
Esta médica me disse que um executivo que saia do consultório no momento em que eu chegava havia emagrecido 8 quilos em apenas um mês. Ele deixou de participar dos “happy hours” junto aos amigos do escritório regados a uísque.
Portanto, salvo exceções disfuncionais físicas e psicológicas, ser magro é quase uma regra quando se é um conquistador, e engordar é natural com o aumento de tranqüilidade e conseqüente prosperidade em todos os setores da vida. Quando as pessoas se casam elas normalmente engordam, da mesma forma quando se solidificam numa carreira.
Em função disto muita gente associa o ato de engordar com a passagem dos anos. Infelizmente muitos médicos não têm esta visão do todo de um ser humano, como tinha esta médica que conheci há muitos anos.
Claro, que se gordo não é bom para ninguém, todos sabemos dos riscos que a gordura traz ao ser humano. Mas sabendo que tranqüilidade é engordativa podemos buscar o equilíbrio de outra forma. Por exemplo: Caminhando junto com o amado (a) e apreciando a paisagem. A tranqüilidade continua a se fazer presente, porém o foco será a saúde e a compensação. E obviamente continuaremos a comer pizza ao lado de nosso amor enquanto assistirmos a um bom filme. Porém, a palavra de ordem será compensar a tranqüilidade com atividades prazerosas e feitas a dois preferencialmente. Ninguém em sã consciência irá deixar a tranqüilidade do amor a tanto custo desejada e finalmente encontrada apenas para ser magro, mas será possível ainda e sempre caminhar com este amor à beira do mar ou na calçada tranqüila do bairro. Além disto, é imprescindível se manter bonito e atraente aos olhos do outro. E não se acomodar jamais na tranqüilidade do amor. Amor é conquista diária, porém sem as “neuras” contidas numa paixão.
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