segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

BEBIDA E DIREÇÃO



BEBIDA E DIREÇÃO
 Este vídeo mudou a consciência da população da Austrália sobre bebida e direção. Uma das maiores empresas de marketing do mundo resolveu passar uma mensagem para todos através de um vídeo criado pelo TAC (Transport Accident Commission).
Suely Pavan Zanella
No final do ano aumentam as festas de confraternização das empresas, as viagens com amigos, e com estes eventos o consumo de álcool. Não conheço nenhuma empresa que faz uma campanha de forma a não associar álcool, festas, e direção.
O consumo exagerado de bebida têm sido a responsável por inúmeras tragédias tanto por parte de quem dirige como também pelas vítimas de motoristas alcoolizados. Mas o consumo continua alto como se para divertir-se fosse necessário entornar garrafas e mais garrafas.
A bebida sempre foi um prazer a ser degustado aos poucos, porém a forma que se bebe hoje mais parece um campeonato visando “sair do ar”, e ficar literalmente bêbado. O objetivo é perder a consciência, e é óbvio que a perdendo fica muito fácil dirigir um carro ou transar sem camisinha!
Nossas campanhas são fraquinhas no aspecto da prevenção e o que vemos nas propagandas diárias é um incentivo absurdo para beber cada vez mais. Outro dia numa sessão de cinema vi três comerciais de cerveja passados antes do filme. Tenho certeza que muita gente saiu dali e foi tomar uma cervejinha e depois pegou o carro e foi para casa.
As bebidas são facilmente encontradas em ambientes cujos serviços são direcionados a motoristas, como os postos de gasolina. Quer associação mais fatal?
Há uma semana entrei numa posto de gasolina e logo dei de cara com um quiosque de determinada marca de cerveja. Dele saia uma música atrativa que dava até vontade de sair dançando pelo posto de gasolina. Eu conseguiria fazer isto com facilidade, já que não preciso de nenhum aditivo para dançar, mas sei que a maioria das pessoas, e principalmente os jovens só conseguem perder a vergonha e resgatar a espontaneidade após tomar alguns goles! Na parte lateral do quiosque havia uma plaquinha: Beba com moderação.
Afinal de contas o que significa “beber com moderação” para aqueles que precisam se soltar e que sem bebidas tornam-se tímidos e sem iniciativa para fazer qualquer atividade divertida?
Se você precisa beber para dançar, transar, beijar 10 pessoas na balada, eu te garanto como profissional que isto não é natural. Natural e espontâneo é aquilo que fazemos naturalmente, óbvio né?
Agora, se durante a semana de trabalho ou estudos temos que ser os “perfeitinhos”, os melhores e mais competitivos escolhemos formas de diversão que nos levem literalmente ao chão. Beber é uma delas, e de todas as mais arriscada, já que pegar uma máquina como um carro e dirigir alcoolizado raramente dá bons resultados.
A lei brasileira apesar de rígida quanto ao teor alcoólico não é cumprida. Raramente vemos a fiscalização ao lado de uma balada agitada ou de um posto de gasolina. Ao contrário já vi viaturas em lojas de conveniência paradas enquanto jovens consumiam bebidas e drogas nas ruas próximas. A impressão que tenho é que ninguém se importa.
Mães cansam de falar ao filhos: Não beba se for dirigir. E a resposta que ouvem é: Todo mundo bebe. O problema é que os filhos não estão mentindo. E duvido muito que se uma mãe desse a chapa do carro do filho à polícia avisando que o mesmo está dirigindo embriagado iria ser atendida.
Quem quer fazer a coisa certa em nosso país normalmente não tem amparo algum.
As leis precisam mudar diferentemente de países desenvolvidos em que o motorista embriagado mesmo que não mate ninguém é preso, no Brasil basta pagar determinada quantia e sair tranquilo. Nem sequer a carteira de motorista é apreendida na maioria dos casos, ferindo desta forma o próprio código de trânsito brasileiro. Se dirigir bêbado e por acaso matar alguém, também basta pagar uma fiança, tudo muito simples.
Rafael Baltresca após ter sua mãe e irmã mortas num atropelamento no dia 17/09/2011 criou o movimento Não foi Acidente (http://naofoiacidente.org/blog/sobre/) ocasionado por um motorista bêbado que dirigia em alta velocidade e que se recusou a fazer o teste do bafômetro apesar de testemunhas afirmarem seu lamentável estado de embriaguez.
Apesar do movimento Não foi Acidente ser de utilidade pública ele ainda precisa de uma série de assinaturas, e é até estranho imaginar que alguém ainda acredite que aquele que bebe e dirigi e por consequência mata alguém o faz sem saber a consequência de seu ato. Claro que dirigir e beber é uma forma de crime e não é acidente nem aqui e nem em lugar algum minimamente decente. Portanto, assine a petição: http://naofoiacidente.org/site/assine/
Beba pelo prazer e saiba que quem exagera no ato tem problemas sérios. E se dirigir, faça o óbvio: Não beba, mesmo que “todo mundo o faça”.
Se você só faz o que todo mundo faz você tem problemas de autoaceitação, e pertence à média, e isto se chama mediocridade.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ESCOLAS, ESCOLHAS E CRIANÇAS PEQUENAS



ESCOLAS, ESCOLHAS E CRIANÇAS PEQUENAS
O Tribunal de Justiça determinou que a creche Caminho do Futuro, de Rio Preto, responda como ré em ação indenizatória na Justiça movida por 23 pais contra a entidade. Os alunos teriam sido agredidos por três professoras da creche no segundo semestre do ano passado - as agressões foram flagradas por câmeras de vídeo instaladas pela própria direção da entidade.
Suely Pavan Zanella
O início do ano se aproxima e muitos pais começam a se perguntar: Em qual escola colocar o meu filho pequeno?
Os últimos acontecimentos mostrados na mídia mostram que escolas caríssimas, tradicionais e com excelente estrutura de marketing nem sempre garantem bons resultados. Este foi o caso da escola Centro Educacional Brandão (Moema-SP) em que um aluno de apenas três anos morreu afogado durante a aula de natação e também da escola Trenzinho Feliz ( Chácara Inglesa-SP) em que a diretora assediava as crianças com menos de três anos através de ameaças e agressões caso eles não comessem ou chorassem!
Sem contar os inúmeros casos de escolas infantis públicas e privadas que não tem sequer alvará de funcionamento para cuidar de gente pequena.
Então, o primeiro passo é visitar diferentes escolas baseando-se nas suas escolhas. Afinal, o que vocês - pai e mãe- querem de uma escola para crianças tão pequenas?
Na idade de até cinco anos a escola deverá ser uma espécie de substituta do lar, já que não há ainda uma grande preocupação com o aprendizado. Embora as atividades diárias da escola devam incentivar, servir de base, para um aprendizado futuro. As escolas estimulantes são as melhores. Visite no mínimo três escolas, e nestas visitas não se contente apenas em ouvir as mirabolantes propostas apresentadas pela direção ou coordenação. Faça questão de andar pelos arredores da escola. E aí observe as crianças e funcionários. Veja se as crianças que estão nas classes e corredores estão felizes e alegres (estado natural de uma criança sadia) e se os professores e funcionários são dedicados. É muito simples observar isto!
Funcionários que se “arrastam”, vivem de “cara amarrada”, ou que estão sempre reclamando em grupinhos são um indício de que detestam o ambiente em quel trabalham.  Lembre-se que trabalhar com crianças exige dedicação extrema. Pergunte também, e cobre depois, quantas professoras estão disponíveis por alunos. A média que recomendo é de um funcionário para cada 4 alunos pequenos. Principalmente se a escola oferecer regime integral, no qual a alimentação da criança deve ser acompanhada, bem como toda e qualquer atividade. Ter muitas crianças em sala para poucos professores e/ou funcionários é catastrófico.
Estes são os cuidados iniciais, porém a verdade só aparecerá quando seu filho de fato ingressar na escola.
Aí sim, você deverá estar mais atento do que nunca. Lembre-se de um detalhe que pouca gente dá importância: Crianças pequenas raramente falam mentiras. Acredite no seu filho. Muitas vezes as crianças misturam fantasia com a realidade, aumentam fatos, mas mentir é muito raro.
Lembro-me bem quando o meu filho era pequeno (4 anos) e foi estudar em período integral em uma escola muito bem recomendada de Moema. Certa vez no jantar percebi que ele não estava com vontade de comer o bife que eu havia colocado em seu prato, mas se forçava a fazê-lo. Disse a ele que não precisava comer se não estivesse com vontade (nunca o forcei a comer) e ele me respondeu que se não o fizesse iria para o “Calderon”. Espantada com aquilo, lhe perguntei após o jantar que “Calderon” era aquele, e ele me respondeu que era do “diabo”. Jamais usei qualquer tipo de ameaça para fazê-lo comer, e fiquei assustada com o fato. No dia seguinte sem avisar a escola apareci por lá no horário de almoço. E a cena que presenciei foi grotesca. Crianças sendo alimentadas em pé e fora da mesa, sem contar o tipo de alimentação pobre: Salsicha frita com arroz! A escola era bastante cara para apresentar uma alimentação tão precária.
Imediatamente fui falar com a diretora que disse que nada daquilo tinha acontecido, deixei claro a minha posição, a de que não admitiria em hipótese alguma ameaças de cunho religioso ou não. Logo depois o tirei da escola e o coloquei em uma menor, mas excelente no bairro do Jabaquara. Meses depois soube que a escola em Moema havia fechado em função de um calote que a própria diretora e dona da escola havia realizado cujo tema foi alvo inclusive de uma matéria no Jornal Nacional.
Observe também se há marcas no corpo de seu filho, nas agressões sofridas e só após as denúncias constatadas na escola Trenzinho Feliz, uma das crianças tinha marcas. E confesso que fiquei espantada ao ver que os pais só perceberam o sofrimento de seus filhos após a denúncia de uma professora que filmou as agressões da diretora.
Nos tempos atuais em que a ganância fala mais alto do que a dedicação, no caso das escolas particulares, e que o comodismo é a mola propulsora de alguns funcionários públicos que trabalham em escolas da prefeitura ou do governo, não dá para deixar os filhos pequenos e virar as costas e ir trabalhar com tranquilidade.
O comportamento das crianças dá indícios de maus tratos por si só. É preciso conviver com a criança e estar atenta àquilo que ela demonstra: Está mais assustada? Não quer ir à escola? Fica doente antes de ir à escola? Apresenta problemas alimentares que não possuía antes de frequentar a escola?
A criança fala do jeito dela e algumas inclusive dão a ficha corrida do que ocorre no ambiente escolar sem que os pais a levem a sério. Preste atenção ao que seu filho diz e demonstra.
Além de observar diariamente e atentamente os comportamentos de seu filho faça visitas, sem aviso prévio, à escola. Simplesmente apareça. Você tem o direito de agir desta forma.
Muitas crianças são vitimas da própria escola e mais tarde apresentam comportamentos agressivos ou excessivamente passivos, marcas, talvez, de maus tratos na escolinha que frequentaram na tenra infância.
Todo o cuidado é pouco e seu filho pode estar sofrendo nas mãos de gente inescrupulosa, despreparado e com sérios problemas emocionais. Fique atento!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Riquismo à Brasileira



O Riquismo à Brasileira
Suely Pavan Zanella 
 
“A graça não é consumir Arte, mas sim aquilo que outros não podem consumir. Patético.”
Via Twitter de Pablo Villaça

Há algum tempo escrevi um texto sobre o Pobrismo, que mostrava o enaltecimento da pobreza por parte do brasileiro, hoje escrevo sobre o Riquismo, um verdadeiro cancro que insiste em querer que a desigualdade sobressaia.
Note que em alguns radicais em que acrescentamos o sufixo “ismo” o mesmo denota exagero, é assim com o machismo, por exemplo. Riquismo, portanto, neste texto será um exagero recheado de outros ismos: o pedantismo, o esnobismo.
Quem é rico de verdade, não precisa se sobrepor a ninguém, e muito menos desmerecer ou desqualificar o outro.
Mas o riquismo à brasileira é sempre excludente. Talvez no Japão vejamos ricos varrendo a rua, e na França usando transporte coletivo, mas por aqui a coisa é diferente. O riquista precisa humilhar e atualmente sente-se excluído, pois num país em que a riqueza aumenta e se democratiza existem pessoas muito, mas muito mesmo incomodadas em saber que suas empregadas domésticas hoje podem viajar de avião, que seus filhos podem estudar e que talvez logo, logo elas terão o justo direito de ter os mesmos benefícios que os demais trabalhadores.
O último texto escrito pela jornalista Danuza Leão para o jornal A Folha de São Paulo é um grande exemplo sobre o riquismo. Em função do número de críticas que o mesmo recebeu no twitter, pode ser que amanhã ela se defenda dizendo que foi apenas sarcasmo!
Mas para facilitar a vida destaco alguns trechos:
“...já se foi o tempo em que ir a Paris era só para alguns; hoje, ninguém quer ouvir o relato da subida do Nilo, do passeio de balão pelo deserto ou ver as fotos da viagem --e se for o vídeo, pior ainda-- de quem foi às muralhas da China. Ir a Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?...
“...Viajar ficou banal e a pergunta é: o que se pode fazer de diferente, original, para deslumbrar os amigos e mostrar que se é um ser raro, com imaginação e criatividade, diferente do resto da humanidade?...”
“...Seguindo esse raciocínio, subir o Champs Elysées numa linda tarde de primavera, junto a milhares de turistas tendo as mesmas visões de beleza, é de uma banalidade insuportável. Não importa estar no lugar mais bonito do mundo; o que interessa é saber que só poucos, como você, podem desfrutar do mesmo encantamento...”
O escritor e crítico de cinema Pablo Villaça em seu Twitter matou a charada do esnobismo contido no texto da Danuza, através da frase que coloquei no início deste texto.
Não basta ser rico, é preciso esnobar, deixar o outro para baixo e lhe tirar os direitos de viajar, comer bem, etc e tal. Viver bem, a meu ver, deveria ser um direito de todos. Afinal quem tem dinheiro tem escolhas, e não se submete a tudo e muito menos a todos. O dinheiro proporciona sim uma série de possibilidades: ler mais, estudar mais, viajar mais.
Mas tem gente que faz parte deste mundo riquista e que está incomodada com a ascensão das classes outrora menos privilegiadas. E insiste em viver nesta espécie de competição pelo ter mais e mais a cada dia.
O verdadeiro rico é aquele que busca o enriquecimento alheio também. Investe em educação e no aumento de empregos, por exemplo.
Infelizmente os riquistas são facilmente reconhecíveis. Numa mesa de almoço eles gastam o tempo falando sozinhos de suas viagens internacionais mirabolantes, mesmo quando ninguém está interessado em ouvi-los.  A torto e a direito dizem que são pessoas de bem, apenas porque moram em bairros que consideram chics, ou porque tem o carro “y ou z”. Eles infestam o foursquare apenas para mostrar (esnobar) os locais glamourosos (segundo a ótica deles) em que estão. Falam nove palavras em inglês a cada dez que citam, e num exercício de falta de educação imensa nunca traduzem o que falam. Desprezam o país em que vivem e valorizam apenas aquilo que vem de fora. Julgam-se maiores e melhores que os outros apenas em função de seus critérios de poder.
No fundo são submissos a um poder antigo, e vivem do passado. Conheci um monte de riquistas em minha vida, a maioria era falida. Mas comiam frango e arrotavam peru. Os riquistas adoram viver de aparências e de grifes.
Diferentemente dos ricos verdadeiros eles são um enorme bloqueio para o crescimento do país. Querem manter a todo o custo o seu status quo. E entendem que qualquer avanço no sentido de diminuir as diferenças sociais/econômicas é uma ameaça. E aí quase sempre esperneiam. Não querem que a vergonhosa pobreza seja erradicada.
Os riquistas sofrem de um mal moral. Confundem democracia com socialismo. E quando algum governante quer tornar direito de todos viagens, artes, educação e segurança eles acham que é socialismo e que terão que dividir os seus bens com os outros. São míopes, e não percebem que o mundo está ai não para privilégio de poucos, mas para o usufruto de muitos.
Da minha parte torço pelo enriquecimento tanto financeiro quanto moral de todas as pessoas do planeta. E danem-se os riquistas com seus castelos de areia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

COMO NÃO CRIAR UM TIRANO (A)



COMO NÃO CRIAR UM TIRANO (A)

Suely Pavan Zanella
Tenho observado uns pais por aí, que ai meu Deus do céu, me dão medo, pra não dizer pavor. Fico imaginando o que serão destas crianças no futuro.  
Não sou ingênua de acreditar que as únicas influências na vida de uma criança sejam seus pais, afinal hoje há muitas: professores, amigos, TV, internet, outras crianças, a sociedade cada vez mais permissiva. Apesar disto sei como profissional, que até os sete anos a personalidade de uma pessoa se forma, e disto depende basicamente a educação que os pequenos recebem de seus pais.
Há pais folgados e sem a menor estrutura psicológica que estão criando os filhos como se fossem cachorros no quintal: alimentam, dão água, banho e broncas de vez em quando. Crianças não são animais, elas precisam de educação.
Sei que os pais irresponsáveis nem sequer lerão este texto, ou, se lê-lo vão achar bobagem. Pois até a leitura, o aprendizado dá um trabalho enorme, coisa que eles não querem ter.
Então, se você tem filhos até sete anos de idade, preste atenção a estes lembretes educacionais:
1)   Evite gritarias: Crianças não aprendem aos berros. Se você foi criado na base do grito reveja urgentemente os seus conceitos. Pais que gritam entre si na frente das crianças, chutam, quebram objetos ou se agridem, deveriam ser processados. As crianças pequenas aprendem através daquilo que veem. Também não chame a atenção dos seus pequenos na base da gritaria. Um dia quando você for idoso eles poderão fazer o mesmo com você;
2)   Estabeleça horários: Os limites para as crianças pequenas se dão na base dos horários principalmente. É preciso ter horário para comer e dormir (básico). Criança não come a hora que quer. Se você tem preguiça de acordar cedo, não tenha filhos. Crianças que não tem horário para nada ficam perdidas e com sérios problemas alimentares e de crescimento. Só um médico muito ruim entupira o seu filho (a) com remédios para abrir o apetite e não procurará saber os horários de alimentação da criança que consistem em: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.
Está mais do que provado que crianças sem horário têm a sensação de abandono, pois não são devidamente cuidadas. Os pais folgados e irresponsáveis são campões em respeitar apenas as suas necessidades, esquecendo-se ou negligenciando as demandas da criança pequena. Vão à praia à onze da manhã, pois gostam de acordar tarde, por exemplo. Esquecem que as crianças tomam sol apenas até às 10:00 e após às 16:00;
3)  Chamar a atenção da criança: Há pais que nunca chamam a atenção de forma correta de seus filhos, e colocam comerciantes, familiares, motoristas de taxi, e outras numa verdadeira saia justa. Certa vez peguei um taxi e vi que o vidro do carro não fechava. O motorista muito sem graça me contou que uma mãe e um menino de mais ou menos 6 anos haviam sentado naquele banco. O menino além de comer pão no táxi sem guardanapo ainda quebrou o vidro do carro de tanto que mexeu no mesmo, a mãe, segundo ele, nem ligou.
Para não ter trabalho alguns pais não se posicionam perante a má educação de seus filhos e permitem que eles: façam birras; agridam outras crianças e até adultos; tenham um comportamento horrível à mesa e transgridam normas na casa dos outros.
Crianças assim são a cópia de seus pais: Querem fazer tudo o que querem e na hora que querem. E os outros que se danem!    
4)  Ensine com o exemplo: Seus filhos pequenos são a cópia exata de quem você é. Comece a olhar para eles como se fossem um espelho de si mesmo, tanto faz se você é pai ou mãe. Se forem mimados e indisciplinados isto significa que na sua prática como pai ou mãe você também o é!
Enxergue o seu filho como uma pessoa em formação, uma pessoinha como costumo dizer, e é de sua responsabilidade contribuir de forma positiva para a sua formação. Isto é indelegável.
Se você não planejou ter filhos, lembre-se que eles estão ai à sua frente para receber educação, tarefa sagrada na formação da humanidade. Se você planejou, a experiência mostra que isto não muda nada quando os pais são irresponsáveis. Muita gente quer filhos apenas para fazer companhia, chantagear o conjugue ou dizer que é pai ou mãe.
Então tanto faz, se filhos são ou não planejados. Eles precisam de seu tempo, seus limites e seu amor.  
A vida de umas pessoas sem filhos é totalmente diferente daquelas que os têm. É sair do papel de filho (a) e entrar no papel de mãe ou pai.   
Pais que vivem dizendo “eu preciso sair”, “eu estou cansado”, são egoístas e a meu ver deveriam ser interditados. Infelizmente a justiça brasileira ainda prioriza muito mais a biologia do que a condição psicológica para formar uma pessoa.
Filhos são para sempre, se você não percebeu isto e seu filho tem até sete anos, colherá amargos frutos quando as crianças precisarem estudar e caberá a você a tarefa de acompanhar seus estudos.  
Quer salvar o planeta?
Eduque seus filhos!