segunda-feira, 27 de junho de 2011

Preconceito


Suely Pavan(*)
“Cabeça é que nem para quedas, só funciona aberta”

É lamentável pensar que em pleno século XXI tanta gente ainda cometa um grave pecado: O preconceito!
Frances Bacon, o filósofo, dizia que os preconceitos são as teias da alma. E teias aprisionam e muitas vezes turvam os olhares.
Todos podem ter algum tipo de preconceito, mas com a cabeça aberta, maturidade e às vezes anos de psicoterapia conseguimos, finalmente nos livrar destas amarras, que prejudicam a nossa relação com os demais seres humanos.
A ignorância ao contrário, só faz aumentar os nossos pré-conceitos contra os outros. Um pode achar que um gay não pode amar, ou não tem família, simplesmente por sua orientação sexual ser apenas diferente daquele que é heterossexual. Outro pode acreditar que um negro ou nordestino é um ser inferior, e por este motivo deve ser tratado de forma ultrajante.
Quantos anos as mulheres sofreram com o preconceito, e quantas ainda são vítimas dele?
O preconceito afasta, vulgariza e banaliza as relações, torna-as sujas. O ser preconceituoso não se permite aprender. Raramente lê, ou se informa.
Fiquei chocada ao ver, por exemplo, pessoas dizendo que a homossexualidade é uma doença, quando a própria Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) reconhece o contrário. Da mesma forma me choca quando vejo uma mulher ser espancada por um homem,  simplesmente por ser vista de forma preconceituosa como uma coisa, uma posse sem vontade própria. Ou ainda quando um garoto é agredido na escola apenas por ser inteligente, ou uma garota ser discriminada porque é gorda.
Preconceito dá nojo!
É um lado sombrio e perigoso que ao invés de negar, todos nós temos a obrigação moral de encarar. Encarar medos, e começar a pensar por qual razão o modo de viver de outro nos incomoda tanto.  
O que você tem a ver com a sexualidade alheia?
O que a cor do outro te provoca?
O que você tem a ver se o outro é feio, gordo, magro ou bonito? Isto é dá tua conta?
Qual é o seu medo?
E não me venha dar desculpas religiosas. Qualquer boa religião do mundo prega o amor ao próximo, e não o preconceito.

(*) Este texto poderá ser utilizado em outros veículos desde que se mantenha a autoria e a forma de contato: www.pavandesenvolvimento.com.br 


Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo Texto Suely... Já sofri e sofro muitos preconceitos... E infelizmente era uma coisa que eu acreditava que não existia, mas existe muito. O que muito me assusta é o quão disfarçados eles são...Quem sabe um dia as cabeças se abrem mesmo para isso...
Bjos
Brenda Rocco