quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Se não posso ter você, terei todas as mulheres!

Por Suely Pavan

Todo mundo diz que o homem que tem todas as mulheres não tem nenhuma!

O que vou escrever aqui não é nenhuma tese científica, mas apenas fruto de uma observação que ontem após assistir em DVD ao filme “Amor nos tempos do cólera”, ficou ainda mais clara e iluminada na minha cabeça.


No filme que é baseado no livro de Gabriel Garcia Márquez, Florentino Ariza se apaixona perdidamente por Fermina Daza. Na época em que se conhecem eles eram bem jovens, porém o pai da moça impede que se casem e manda Fermina para longe. Florentino promete que amará Fermina para sempre, e lhe jura fidelidade eterna.

A mãe de Florentino vendo o desespero do filho arruma um emprego num lugar bem distante para ele. Na viagem de navio ele é “estuprado” por uma mulher anônima e gosta da experiência sexual. Passa a partir daí a registrar cada uma das suas experiências sexuais. A cada nova parceira Florentino escreve numa folha de papel o número da experiência, o nome da parceira e o tipo de sexo que tiveram. Ele descobre que o sexo é o melhor antídoto para lidar com a dor do amor frustrado por Fermina.

Embora tivesse um número enorme de parceiras sexuais ele estava sempre sozinho. E nunca se esqueceu de Fermina, uma mulher casada e com filhos.

O tempo passa, e o marido dela morre, e após mais de cinqüenta anos eles se reencontram. Ele vai atrás dela no velório do marido. A princípio ela não quer mais nada com ele e diz que foi tudo uma ilusão de adolescente, mas suas cartas e sua insistência acabam baixando a guarda de Fermina. E ele por ela abandona sua vida sexual, e fica somente com ela, o amor de sua vida. Ela uma senhora de corpo não perfeito, e ele um senhor de mais de 72 anos. O amor de Florentino e sua esperança vencem a batalha.

O filme é lindo, e muito significativo e por ele retomei a minha hipótese não científica.

Já observei que os homens amam uma única vez e uma única mulher em toda a sua vida. São muito mais monogâmicos do que nós mulheres. As mulheres amam um homem de cada vez. Elas fecham as janelas de um velho amor, e quando estão prontas o abrem para o novo. Uma mulher pode ter vários grandes amores em sua vida. Um homem tem um apenas. Observe que às vezes o grande amor de um homem não deu certo por alguma razão. E ele passa o resto da vida errante, e pula de galho em galho tendo várias experiências sexuais. Mas de verdade está sempre só.

Acredito sinceramente que o “galinha” ou o “Dom Juan” amou um dia, mas foi jogado por sua amada às traças. Tal como Florentino ele conserva e promete uma fidelidade amorosa (não sexual) à sua amada, porém para lidar com a dor do amor frustrado usufrui do sexo desenfreado. Ele até pode se casar e constituir família com outra mulher, mas nunca esquecerá aquela que ele amou de verdade. Em teoria um homem é fiel amorosamente a uma única mulher. Já vi homens casados que um dia após beberem um pouco se lembram de uma mulher, na época que eles tinham catorze anos. Já vi mulheres surpresas pela reação deste homem diante de suas lembranças. Eles falam como se o tempo não houvesse se passado. Quando uma mulher lhe pergunta por que ele se casou, se ainda nutria amor por outra, eles nem sempre tem a resposta. Tal como Florentino, eles dizem que um dia encontrarão esta mulher. Revivem os ciúmes que tinham, e seus olhos brilham quando se lembram dela. O tempo parecesse que não passou para estes homens. O amor um dia e em qualquer idade os pegou, e nunca mais eles se desvencilharam dele. Ficaram amarrados à esta mulher do passado, e nos seus momentos solitários ou de bebedeira é dela que se lembram. Sorte daqueles que conseguem usufruir do amor da “mulher de sua vida”. Estes sim são felizes. Talvez tenham poucas experiências sexuais, um caderninho com poucos nomes femininos e poucas aventuras para contar para os amigos. Mas estes conseguiram juntar numa única mulher o amor e o sexo. Aliás, o amor os satisfaz muito mais que o sexo.

Portanto, a primeira frase que usei neste texto “Todo mundo diz que o homem que tem todas as mulheres não tem nenhuma”, não seja tão verdadeira assim. Talvez seja o contrário: O homem que por alguma razão não teve o amor de sua vida ao seu lado, buscará ter sexo com todas as mulheres!

Ou algo na linha do título deste texto.

Enfim, como disse isto é apenas uma hipótese baseada em observações pessoais e profissionais. Já vi homens, por exemplo, literalmente acabarem com sua auto-estima pessoal e profissional após uma separação. Já vi homens beberem em excesso depois que a mulher que amavam os deixou. E já vi muitos homens perambularem sozinhos por aí, apesar de suas experiências sexuais diversas. E é justamente a diversidade que chama a atenção, tal como Florentino eles precisam registrar estas experiências, ao passo que o amor jamais precisa ser registrado ou divulgado para amigos numa mesa de bar. O amor é inesquecível, e simplesmente vive dentro daqueles que amam.

Se estas minhas hipóteses forem verdadeiras, pais não deveriam implicar com namoradas de filhos. Poderão estar criando um solitário que fará outras mulheres infelizes. Elas em busca de um amor e ele em busca de um antídoto temporário para lidar com a dor da perda de seu único e verdadeiro amor!


Sou Suely Pavan e este blog surgiu da necessidade de mulheres focarem em sua auto-estima. Claro, que os homens também devem e podem participar.


Sou Conselheira de Relacionamentos Afetivos.( Amores, Filhos, Amigos e Família)


Atendo pessoalmente e por e-mail.

Rapidez, Soluções, Sigilo e Experiência de mais de 20 anos em Comportamento Humano.

Para marcar consultas ou agendar palestras: suelypavan@uol.com.br

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